Esse post ...anos depois... vai para licenciados de todo o Brasil, o texto não trata apenas dos anseios daqueles que se empenham e se arrastam para obter graduação em licenciatura, pelo contrário, a abordagem é um relato sobre a experiência de futuros professores*.
Sou acadêmico de História e prestes a me formar para a docência neste ano de 2010. Como de praxe, no último ano é tempo de colocar em prática o que lemos, discutimos, ou não, dentro do universo acadêmico nos longos quatro anos do curso, questões que vão da teoria filosófica às práticas pedagógicas que são inerentes às demandas de um ensino de qualidade.
É no último ano que o(a) licenciando(a) entra em sala de aula e assume a posição de proto-professor para cumprir as horas requisitadas pelo Estágio Curricular Supervisionado e encarar o cotidiano das escolas, por isso, é tempo, também, de choques de realidades, de exalar todo o tipo de sentimento que habita no inconsciente de um indivíduo; frustração, ansiedade, angústia, medo, frio, tremedeiras, insônia, aflição; por outro lado sente vontade, esperança, superação, alegria, satisfação, poder e alívio de estar cumprindo uma etapa decisiva para sua carreira e, principalmente, para sua vida.
Como somos humanos demasiados, cada um lida de uma forma com suas vivências, cada um reage de uma maneira, pode ser clichê, mas cabe a este individuo canalizar as coisas com uma visão positiva para encarar as barreiras fazendo-a desta fase um período de experiências ricas para sua vida, reconhecendo seus erros e aprendendo com eles. O mais importante é não deixar a chama da utopia apagar, pois nós, futuros professores, sabemos o quanto somos responsáveis pelo futuro da educação.
Viver com as adversidades, com as diferenças e com a responsabilidade a que nos é atribuída, precisa ser mais importante que qualquer mixaria que receberemos nesta profissão tão desvalorizada e humilhada historicamente. Desejamos a nós força para encarar os desafios que virão e inteligência para quebrar paradigmas, pois este será nosso papel nos próximos 25 ou 30 anos de profissão.
Marcelo Cardozo
Licenciando em História - Univille
*Esse artigo foi escrito especialmente para publicação no Jornal "A Notícia", porém como não publicado.
sábado, 8 de janeiro de 2011
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